Esta actividade permitiu-nos tomar consciência sobre as competências digitais dos adolescentes.
Os jovens de hoje (pelo menos uma grande percentagem), desde muito cedo entram em contacto com as novas tecnologias e possuem um conjunto de competências adquiridas naturalmente, pois nasceram na era da "tecnologia para todos". Têm acesso a televisão, ao cinema, à música, aos telemóveis, Mp3, Mp4, à Internet, e é hoje um acesso muito globalizado, pelo que estamos a falar de um grupo muito significativo de jovens, os "nativos digitais".
Em contraponto, aqueles que apenas já na sua fase adulta, tiveram contacto com as tecnologias globais demonstram formas menos naturais para lidar com as mesmas. São os "imigrantes digitais". Estas tecnologias não fizeram parte do seu crescimento e aprendizagem enquanto crianças, tendo sido necessário haver uma adaptação e uma gradual e naturalmente mais lenta aplicação das mesmas às actividades individuais e da sociedade.
Prensky apela à comunidade educativa, especialmente os professores, para pensarem em novas estratégias, novos modelos de ensino-aprendizagem para os nossos alunos. Compreender a realidade dos alunos e enquadra-la na sala de aula é um desafio para os professores, já que o modelo tradicional se torna incompatível com este perfil.
Os professores têm que aprender a comunicar na língua e no estilo dos seus alunos (ritmo mais acelerado, em paralelo, com casualidade). Prensky, sugere para ultrapassar essas dificuldades que os conteúdos sejam divididos em legacy (os currículos tradicionais: a leitura, escrita, aritmética, pensamento lógico e ideias do passado) e futuro (novos saberes: mundo digital e tecnologia). A sugestão de Prensky está no adoptar esses conteúdos à linguagem dos jogos como forma de criar ambientes de aprendizagem interactiva em todas as áreas. Na escola do séc. XXI, o aluno terá de ser visto como parceiro activo do processo de ensino aprendizagem e deixar de ser um consumidor passivo de informação.
Desta forma, os alunos sentir-se-ão muito mais motivados e mais próximos da Escola.
Análise da professora:
Fazendo, então, um apanhado dos aspectos mais focados e mais pertinentes, quase que me atrevo a dizer que as principais conclusões a que chegaram prendem-se com:
- o papel das tecnologias na educação, já que, ainda que estejam mais ao dispor de educadores e educandos, os conteúdos básicos continuam a ser basilares no processo de ensino-aprendizagem;
- a alteração do papel da escola, na medida em que deixa de ser encarada como a única transmissora de informação, para passar a ser vista como a que fornece as ferramentas essenciais à selecção e apropriação da informação;
- a disponibilização de ferramentas tecnológicas, possibilitar formas de aprendizagem mais efectivas, apelativas e significativas, e exigir do educando uma postura mais responsável e autónoma (exemplo do e-learning);
- o recurso aos media depender das próprias representações que os educadores têm acerca das ferramentas tecnológicas.
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